quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Marketing do governo da “auto-suficiência”

RIO - Apesar da alardeada auto-suficiência, objeto de uma campanha estimada em quase R$ 100 milhões feita em abril de 2006, quando o presidente Lula tentava a reeleição, o déficit na conta petróleo mais do que dobrou nesse período. Mesmo o Brasil tendo aumentado sua produção, continua importando petróleo. Como mostra reportagem de O Globo, nesta quarta-feira, entre janeiro e agosto deste ano, o déficit na balança do petróleo aumentou de US$ 2,38 bilhões, no mesmo período de 2007, para US$ 5,44 bilhões. As refinarias brasileiras, construídas na década de 1970, foram feitas para processar petróleo leve e a maior parte do petróleo nacional é pesado, o que torna a importação obrigatória.

Na terça-feira, o presidente Lula comemorou o início da extração do pré-sal na Bacia de Campos, em frente à costa capixaba, e afagou a Petrobras, dizendo que ela era a ''mãe da industrialização'' no Brasil . A mobilização no Espírito Santo para anunciar o início da produção na camada do pré-sal no Campo de Jubarte - mais raso e ralo que as demais reservas anunciadas pela Petrobras na Bacia de Santos, onde a exploração para valer só está prevista para 2010 - não foi a primeira ação em que o governo aposta no marketing para superdimensionar feitos e propostas cujos resultados reais são bem aquém do prometido.

Assim como aconteceu no anúncio da auto-suficiência do petróleo, o mesmo marketing do Planalto em ações que acabaram não vingando se repete em projetos como as Parcerias Público-Privadas (PPPs), o Primeiro Emprego, o Fome Zero, o biodiesel de mamona e até os presídios federais, vazios por falta de agentes penitenciários.

Leia a reportagem completa no Globo Digital (conteúdo exclusivo para assinantes) .

Fonte: O Globo

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