– Cada companhia já detentora dos direitos de exploração teria, assim, uma cota de petróleo e gás para explorar segundo as participações previstas nos contratos de concessão disse o executivo.
Embora não negue a necessidade de angariar recursos para desenvolver as áreas que ficam a 5 mil metros de profundidade, Barbassa destaca que o caixa ganhará impulso no momento em que o pré-sal mais precisará de investimentos. O preço elevado do barril de petróleo e o aumento de produção elevaram em 40% as ações da petroleira nos últimos três meses.
– Vamos precisar de recursos, não sabemos quanto, porque de um lado teremos um caixa crescente e de outro os limitadores da exploração no pré-sal – disse Barbassa. – Do outro teremos que aumentar os investimentos para explorar o pré-sal. As projeções indicam que a companhia vai produzir 3,5 mil barris de petróleo por dia em 2012. Até lá, os investimentos da Petrobras deverão somar US$ 112 bilhões e a geração de caixa será de US$ 104 bilhões, sob perspectivas conservadoras.
As projeções financeiras da companhia ainda não consideram a produção efetiva dos campos situados no pré-sal, que só devem começar por volta da segunda metade da próxima década. Quando começar a produção, tudo indica que os concessionários terão de se organizar para explorar as áreas, porque há fortes indícios de que os campos se interligam.
– Se isso acontecer e ficar provado que os campos são interligados, haverá, necessariamente, unitização – disse o executivo, com base no que determina a Lei do Petróleo sobre o tema.
Petrobras, BG, Repsol, Petrogal, Exxon, Shell e Amerada Hess, concessionárias do pré-sal de Santos, deverão, neste caso, "celebrar acordo para a individualização da produção", diz a lei, para que nenhum tome o petróleo do outro.
O problema é que a Lei do Petróleo define o modelo de unitização – que é a união de cargas em um só volume para transporte – para áreas já licitadas e, no caso do pré-sal, há ainda blocos que não foram concedidos e, portanto, pertencem à União. Como se pode observar em mapas disponibilizados pela Petrobras e pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a maior parte do território onde estão as reservas ainda não foi licitado.
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